O Parque Tecnológico da UFRJ integra o comitê científico da 30ª Conferência Anprotec. O evento é promovido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A iniciativa reúne especialistas nacionais e internacionais, representantes de ambientes de inovação, governo, órgãos de fomento, grandes corporações, startups e investidores.
O tema “Ambientes de Inovação 4.0 – Desafios e Oportunidades na Nova Dinâmica Global” tem o objetivo de debater amplamente o papel dos ambientes de inovação, no contexto da Covid-19.
“É uma discussão muito oportuna e participar dela é fundamental. Nós da UFRJ somos um dos membros fundadores da Anprotec e, em 2017, organizamos a Conferência no Rio, portando sabemos do enorme valor da produção de conhecimento em rede”, aponta Leonardo Melo, gerente de Desenvolvimento Institucional, que ainda contribuirá com a moderação de dois painéis nas áreas de Tecnologia e Cidades.
A gerente de Articulações Corporativas, Lucimar Dantas, complementa que o Parque sempre teve uma participação ativa no trabalho pelo desenvolvimento institucional da Anprotec.
“Nos últimos anos, temos contribuindo com a avaliação de artigos científicos na chamada de trabalhos da Conferência. é uma forma de colocarmos nossa experiência a serviço do movimento”, considera.
Papo de Parque e novas configurações de negócios
Por conta da pandemia, os ambientes de inovação têm sido obrigados a avaliar seu modelo de negócios, seus espaços e sua entrega de valor para as startups e empresas nascentes. O Parque da UFRJ realizou um ciclo de conversas este ano com o objetivo colocar os ambientes de inovação do país para discutir boas práticas em soluções inovadoras e refletir sobre os caminhos que serão adotados no pós-pandemia.
Sílvio Meira, presidente do Conselho de Administração do Porto Digital e membro do Conselho Consultivo da Anprotec, destaca que já há alguns anos, termos como internet das coisas, big data, inteligência artificial, e computação em nuvem e transformação digital fazem parte dos ciclos de discussão sobre competitividade e inovação. No entanto, a aplicação destas tecnologias nunca ocorreu de forma tão acelerada como em 2020.
“Vivemos um apocalipse digital. Foram 25 anos em algumas semanas. As pessoas passaram a usar numa escala impensada as tecnologias e serviços que já estavam aí. A rede brasileira de internet teve um aumento de 30% no tráfego a partir de 15 de março”, diz Meira em entrevista ao site da Conferência.