Semana passada, houve mudança na direção do Parque Tecnológico da UFRJ. Parabenizo Maurício Guedes, que fez excelente trabalho, batalhando para construir esse parque desde os anos 1990, com trabalho e paciência.
Hoje o Parque Tecnológico da UFRJ agrega o maior número de centros de pesquisa de empresas ligadas a petróleo no mundo. O novo diretor, José Carlos Pinto, em entrevista ao jornal Valor Econômico, trouxe, nesse momento de incertezas e diminuição de investimentos em pesquisa no setor no país, duas boas notícias.
A primeira é que o Parque Tecnológico procura a diversificação. De acordo com a entrevista: “Dentro desse processo de expansão [do Parque], a AMBEV investe R$ 180 milhões no centro de tecnologia no Fundão. Outras duas empresas, fora da área de óleo e gás, a SeaHorse (de geração de energia das ondas do mar) e a Aquaflux (especializada em soluções sustentáveis em drenagem), segundo Pinto, também confirmaram interesse em se instalar no Parque”.
Ainda na linha de diversificação, o Parque Tecnológico procurará atrair centros de pesquisa na área de biomedicina e biotecnologia nos próximos anos. Conforme temos apontado, uma das janelas de oportunidade no ERJ está em torno do complexo da economia da saúde. Não só pelo poder de compra do SUS, maior sistema de compras públicas na área de saúde no mundo, mas também por termos em nosso estado mais de 10% de participação na indústria farmacêutica nacional, a Fiocruz e uma importante concentração de pesquisas na área de saúde.
A segunda boa notícia é que, de acordo com o novo diretor, ainda não ocorreu, “ao longo deste ano, redução do número de pessoas que trabalham no Parque – 1600, sendo a metade envolvida diretamente em pesquisas – e que há novos projetos sendo iniciados nos centros de tecnologia”.
Um dado curioso é que, entre os mais de 150 bairros da cidade do Rio de Janeiro, a Cidade Universitária é o bairro que apresenta, de acordo com dados da RAIS/MTE, a média salarial dos trabalhadores formais em cada bairro mais elevada.
Fonte: www.sidneyrezende.com