O Parque Tecnológico da UFRJ recebeu hoje, 20 de fevereiro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Portugal, Manuel Heitor, para o Workshop Rio 2018 Atlantic Interactions. O ministro apresentou o Atlantic International Research Center – AIR Center, instituição recém criada que tem como objetivo promover novos conhecimentos sobre mudanças climáticas e questões relacionadas ao Atlântico, conectando tecnologias de águas profundas a tecnologias espaciais através de uma cooperação global entre América Latina, Europa, África e EUA.
Para Manuel Heitor, o desenvolvimento econômico, tecnológico e social só é possível através do conhecimento e da criação de uma agenda científica inclusiva. “Criar e transformar o Oceano Atlântico num centro de desenvolvimento social e econômico só é possível com mais conhecimento. O desafio que estamos partilhando com o Brasil, outros países da América Latina, África, Europa e uma série de instituições norte-americanas é desenvolver uma agenda que seja inclusiva e que consiga reunir instituições científicas, pesquisadores, empresas e governos para identificar uma agenda que seja benéfica para todos” explicou o ministro.
Organizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Faperj, a abertura do evento contou também com a presença do reitor da UFRJ, Roberto Leher, José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Ricardo Vieiralves de Castro, presidente da Faperj, Augusto Raupp, subsecretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, e Andrei Polejack, coordenador-geral de Oceanos, Antártida e Geociências do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Os participantes abordaram a importância da criação do AIR Center, os benefícios que ele irá trazer para todos os países envolvidos e as tecnologias que serão desenvolvidas em conjunto.
Para o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, José Carlos Pinto, a tradição da Universidade Federal do Rio de Janeiro em pesquisa e tecnologia foi fundamental para alavancar a parceria. “A enorme tradição da UFRJ em pesquisa e desenvolvimento de trabalhos de natureza tecnológica e científica em áreas como engenharia oceânica, engenharia civil e exploração de petróleo em alto mar, fazem com que a Universidade esteja vocacionada a interagir fortemente com o AIR Center. O Parque Tecnológico da UFRJ conta hoje com um Centro de Super Computação da Coppe, o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) e diversas grandes empresas que desenvolvem tecnologias para exploração de petróleo em águas profundas. O Parque se encontra muito motivado por participar dessa iniciativa e está de braços abertos para receber a instalação de um polo do AIR Center num futuro próximo”, informa José Carlos.
A segunda parte do evento contou com a participação de pesquisadores, representantes da Universidade do Minho – Portugal, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carnegie Mellon University, Marinha do Brasil, Petrobras, laboratórios da COPPE e empresas residentes do Parque Tecnológico da UFRJ. Foram debatidos temas como o desenvolvimento e a integração de tecnologias espaciais e oceânicas, a ciência dos dados e a criação do AIR Centre Data Intelligent Network, estratégias de novos negócios intensivos em conhecimento no contexto das interações atlânticas, políticas públicas e cooperação EU-BR e outros.