O Parque Tecnológico da UFRJ inaugura no dia 6 junho a segunda etapa da Galeria Curto Circuito de Arte Pública, uma parceria da instituição com a Escola de Belas Artes (EBA/UFRJ) que vem transformando os 350 mil metros quadrados do Parque em uma área de experimentação da arte, tecnologia e inovação.
Serão quatro novas obras no espaço, totalizando, neste momento, 10 trabalhos de alunos e professores da Escola de Belas Artes. A maior parte das peças é interativa e pode ser usada como mobiliário urbano pelos visitantes e funcionários do Parque e de suas empresas. Nesta nova fase, os artistas Bruno Life, Cristiano Nogueira, Jandir Leite Moreira e Thales Valoura apresentam seus projetos com inspirações que vão desde memórias da infância a escolhas e dualidades da vida.
Além disso, o ambiente conta com 24 esculturas da exposição “Memórias do Boto” e um pavilhão com intervenções desenvolvidas pelo Laboratório de Modelos e Fabricação Digital (LAMO) e pelo Laboratório de Intervenções Temporárias e Urbanismo Tático (LabIT) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ).
Na primeira etapa do projeto, patrocinada pela empresa Vallourec, o Parque abrigou 16 obras de alunos e professores da EBA e de artistas reconhecidos nacional e internacionalmente.
Evento de inauguração
Dia 6 de junho, às 10h, no auditório do Parque Tecnológico da UFRJ. Na data, haverá uma mesa redonda sobre arte, tecnologia e inovação com especialistas e artistas participantes da nota etapa da Galeria. Entre eles, a diretora da Escola de Belas Artes, Madalena Grimaldi, e o professor Jorge Soledar, que falará sobre arte pública e contemporânea.
NOVAS OBRAS
“Desenhando Trajetórias” (Pintura Mural), de Bruno Life: mural faz parte uma série de trabalhos do artista intitulada “Rumos”, que consiste na investigação do artista sobre o universo das escolhas, sobretudo, de dualidades: sim ou não, determinismo e liberdade, otimismo e pessimismo, passado e presente. Os resultados dessas ações vão compondo um complexo painel que forma os indivíduos e desenha suas trajetórias. Nossas vidas e escolhas, cada encontro, sugerem uma nova direção possível.
“Recicláveis?”, de Thales Valoura: a obra, de 2m x 2m, tem como objetivo interagir com o público e discutir os preconceitos na sociedade. Serão quatro lixeiras de coleta seletiva acompanhadas de um totem com pedaços de madeira revestidos de papel onde as pessoas poderão confessar seus preconceitos e descartar nas lixeiras que estarão com os temas: LGBT, Machismo, Racismo e outros. A obra do artista terá dois metros de altura e dois metros de largura.
“Cores da infância”, de Jandir Leite Moreira: A obra “Cores da Infância” faz parte da série Infanto Memória, que compreende um conjunto de 5 obras. Inspirada na própria vida do artista na comunidade da Maré, onde cresceu brincando de empinar pipas, atividade que é praticada pelas crianças até hoje. A arte de Jandir traz um pedaço dessa história da comunidade e será retratada em uma obra de dois metros e meio com pipas feitas de ferro, vergalhões e chapas de alumínio.
“Liberdade e servidão”, de Cristiano Nogueira da Silva: a obra é uma escultura anamórfica. Trata-se de um processo de transformação da imagem, baseado em estudos de geometria e de perspectiva, de modo a colocar o observador sob um determinado ponto de vista, o único a partir do qual a instalação se apresenta em uma forma legível, porém, ilusória. Assim, propõe-se um deslocamento perceptivo, um pensamento crítico reflexivo, uma vez que um conjunto, aparentemente caótico, de peças flutuando como pássaros livres voando, subitamente se alinha para formar uma imagem gráfica organizada de uma gaiola, no entanto, ilusória – da privação da liberdade.
Obras Permanentes
Pavilhão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Arquiteturas (in) úteis : Obra interativa, com características de uma arquibancada e que pode ser usada como assento e local para descanso. A intervenção é resultado da disciplina eletiva “Arquiteturas (in)Úteis: Intervenção Temporária, Geração e Fabricação Digital”, uma parceria entre a FAU/UFRJ e a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.
Artistas: Ana Moreno, Fernanda Lobianco, Gabrielle Rocha, Isadora Tebaldi e Ronaldo Lee. Colaboradores: Aurélio Wijnands, Igor Machado, Lais Kaori e Loan Tammela. Orientadores: Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques.
Obras da Escola de Belas Artes
No vaivém do ir e vir: cinco bicicletas estilizadas penduradas em um cabo de aço, que poderão ser usadas pelos visitantes. A ideia é fazer com que as pessoas enxerguem o Parque por outro ângulo e de outra forma.
Artista: Dalila Santos
Qual é o tamanho do vazio?: um simples binóculo posicionado no Parque e voltado para o prédio da Escola de Belas Artes/Reitoria e que não mostra a imagem que verdadeiramente está lá, iludindo o olhar do visitante.
Artistas: Mônica Coster e Rafael Lima
Rumos: Sobre escolhas e consequências: “Rumos” é uma série de trabalhos na qual o artista trata, sobretudo, de dualidades: sim ou não, determinismo e liberdade, otimismo e pessimismo, passado e presente. Nesta obra, o resultado é um painel com duas figuras femininas que representam trajetórias, escolhas e diferentes direções.
Artista: Bruno Life
Identidade Temiminós: Trata-se de uma grande máscara, na cor branca para refletir a luz solar em seu entorno, que retrata os traços de um índio temiminó, tribo guerreira tupi que dominou, no século XVI, os territórios onde hoje estão a Ilha do Governador, São Cristóvão, Niterói e o sul do Espírito Santo. A ideia é resgatar a história da tribo que, por tanto tempo, dominou estas regiões e travou batalhas homéricas com seus vizinhos tupinambás e com franceses na Baía de Guanabara.
Artista: Gabriel Barros