O Parque Tecnológico da UFRJ realizou hoje, 21 de fevereiro, o segundo dia do Workshop Rio 2018 Atlantic Interactions. O evento apresentou a criação do Atlantic International Research Center – AIR Center, que tem como objetivo de promover novos conhecimentos sobre mudanças climáticas e questões relacionadas ao Atlântico, conectando tecnologias de águas profundas a tecnologias espaciais através de uma cooperação global entre América Latina, Europa, África e EUA.
Durante o evento, o presidente da Fundação para Ciência e Tecnologia de Portugal, Paulo Ferrão, e o presidente da Faperj, Ricardo Vieiralves de Castro, assinaram um protocolo com o objetivo de financiar recursos humanos no Rio de Janeiro e Portugal para a realização de um intercâmbio de pesquisadores nos dois países. A iniciativa assinada pela Faperj e pela Fundação para Ciência e Tecnologia de Portugal é o primeiro passo para a instalação de um polo do Centro de Investigação Internacional do Oceano Atlântico no Estado do Rio de janeiro.
Para Ricardo Vieiralves, o memorando assinado hoje é fundamental para confirmar o interesse do Rio de Janeiro em receber o AIR Center. “Esse memorando confirma o interesse que temos em receber o Centro de Investigação Internacional do Oceano Atlântico no Estado do Rio de Janeiro. Estabeleceremos uma linha extremamente ampla de várias alternativas de ações, todas voltadas para os objetivos do AIR Center. O Rio de Janeiro vem passando por uma crise nos últimos dois anos e a principal lição que aprendemos é que o Rio precisa diversificar suas atividades econômicas para se reerguer. Na minha opinião, a melhor forma de diversificar, gerar empresas e novas alternativas é através do investimento em ciência e tecnologia”, disse Ricardo.
O evento também contou com uma sessão, coordenada por Ricardo Galvão, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e José Luiz Moutinho, do Air Center, que teve como tema “Estratégias de novos negócios intensivos em conhecimento no contexto das interações atlânticas”. Na ocasião, Nick Veck, do Satellite Applications Catapult, instituição de apoio à inovação do Reino Unido, apresentou e compartilhou a experiência do Catapult e estimulou a reflexão sobre como o Air Center pode contribuir para a criação de riqueza, empregos e desenvolvimento. Entre os pontos abordados pelo palestrante estão o auxílio para que pequenos negócios possam acessar laboratórios e recursos que eles não conseguiriam de outra forma e o estímulo às parcerias entre universidades e empresas.
No final do evento, os participantes foram convidados a conhecer o Laboratório de Tecnologia Naval e Oceânica da Coppe, localizado no Parque Tecnológico da UFRJ.